Juvenal Antunes de Oliveira Filho***
“A Antropologia demonstra que o homem é o único animal moral e que ele, ou é ético, ou não é homem” - Dr. Raul Marino Jr., presidente do Instituto Brasileiro de Ética e Bioética, Rev. APM, junho 2010
Recebi há alguns dias uma carta gerada pelo sistema da Unimed, assinada pelo diretor presidente Plínio Conte de Faria Jr. e diretor médico social João Lian Jr., de felicitações pelo meu aniversário, que ocorre neste mês de julho. Quem tem acompanhado o calvário dos oncologistas cooperados e pacientes oncológicos usuários da Unimed Campinas, não pode realmente acreditar que a Unimed esteja me desejando feliz aniversário, saúde e sucesso, depois de tudo que tem feito para acabar com a minha especialidade!
Aproveito a oportunidade dessas felicitações impessoais para enumerar quem já está perdendo e quem vai perder com a crise gerada pela Unimed, quando resolveu competir com seus oncologistas, hematologistas e oncologistas pediátricos criando seu próprio serviço de oncologia, impondo a todas as clinicas oncológicas da cidade o descredenciamento sumário, insistindo em reduzir tudo a um simples “desacordo comercial”, como tem propagado na mídia.
Em primeiro perdem os pacientes, cujo direito básico de serem atendidos onde e por quem desejarem foi violado, direito adquirido e garantido pelo Conselho Federal de Medicina através do novo Código de Ética Medica, em vigor desde abril de 2010 (disponível no site do CFM – www.cfm.org.br); os seus contratos individuais ou empresariais dão direito ao atendimento integral, sem limitações e agora perderam esse direito;
Perdem os médicos especialistas, hoje somando 43, entre oncologistas clínicos, hematologistas e oncologistas pediátricos cooperados que foram substituídos por 4 médicos inicialmente contratados pela CLT, 2 oncologistas, um hematologista e um oncologista pediátrico como supervisor, hoje transformados, num passe de mágica, em cooperados;
Perde a cidade de Campinas, 4 substituindo 43, em verdade perderão todos os usuários da Unimed que terão câncer (o número de pessoas com diagnóstico de câncer duplicará nos próximos 20 anos segundo informações do IARC das Nações Unidas, divulgadas no início de junho de 2010). Estas não terão o direito de serem tratados pelo médico e no serviço que quiserem, serão atendidos somente pelos contratados no serviço próprio da Unimed;
Hoje os dirigentes da Unimed cantam vitória, estão orgulhosos por terem derrotado os oncologistas e estão conseguindo fechar algumas das clínicas que ao longo de quase trinta anos atenderam os usuários da Unimed. Contudo, se pensarem um pouco e usarem um pouco só de bom senso e projetarem o que já está acontecendo e que se acentuará nos próximos anos, com o aumento da concorrência entre as operadoras de saúde, com o foco centrado em Campinas, certamente perceberão que vão perder terreno em breve, é uma questão de esperar e aguardar, o tempo dirá;
Uma coisa é certa, hoje não existe a mínima consideração e ética, pessoal ou profissional por parte dos atuais dirigentes da Unimed, médicos que parecem desconhecer o Código de Ética da nossa profissão. Mas estejam certos de uma coisa, colegas dirigentes: Estão tirando dos oncologistas, hematologistas e oncologistas pediátricos o direito de exercer a especialidade, embora digam em suas publicações oficiais que todos continuam atendendo e prescrevendo quimioterapia, numa evidente tentativa de confundir colegas e pacientes.
Conhecimento é o que se agrega ao longo de uma vida profissional digna, séria, dedicada e que sempre respeitou os preceitos éticos básicos. Isso nunca conseguirão tirar da minha pessoa, com todo poderio econômico que vocês administram e que não lhes pertence embora tenham essa ilusão. Minha ética, dignidade e conhecimento continuarão comigo, apesar de vocês.
Vocês ganharam esta guerra, mas no final todos perderemos, incluindo vocês, a cooperativa, e principalmente a cidade de Campinas. Portanto recuso publicamente esse cumprimento eletrônico, impessoal e totalmente desprovido de significado enviado por vocês.
***Juvenal Antunes de Oliveira Filho, CREMESP 21661
- Médico oncologista clínico da Oncocamp
- Especialista em oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia / Associação Médica Brasileira 1979
- Especialista em oncologia médica pela European Society of Medical Oncology (ESMO) 2000
- Membro Titular Emérito da Sociedade Brasileira de Cancerologia
- Membro Titular American Society of Clinical Oncology ( ASCO) 1986
- Membro Titular European Society of Medical Oncology (ESMO) 1990
- Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica 1985-87
Recebi há alguns dias uma carta gerada pelo sistema da Unimed, assinada pelo diretor presidente Plínio Conte de Faria Jr. e diretor médico social João Lian Jr., de felicitações pelo meu aniversário, que ocorre neste mês de julho. Quem tem acompanhado o calvário dos oncologistas cooperados e pacientes oncológicos usuários da Unimed Campinas, não pode realmente acreditar que a Unimed esteja me desejando feliz aniversário, saúde e sucesso, depois de tudo que tem feito para acabar com a minha especialidade!
Aproveito a oportunidade dessas felicitações impessoais para enumerar quem já está perdendo e quem vai perder com a crise gerada pela Unimed, quando resolveu competir com seus oncologistas, hematologistas e oncologistas pediátricos criando seu próprio serviço de oncologia, impondo a todas as clinicas oncológicas da cidade o descredenciamento sumário, insistindo em reduzir tudo a um simples “desacordo comercial”, como tem propagado na mídia.
Em primeiro perdem os pacientes, cujo direito básico de serem atendidos onde e por quem desejarem foi violado, direito adquirido e garantido pelo Conselho Federal de Medicina através do novo Código de Ética Medica, em vigor desde abril de 2010 (disponível no site do CFM – www.cfm.org.br); os seus contratos individuais ou empresariais dão direito ao atendimento integral, sem limitações e agora perderam esse direito;
Perdem os médicos especialistas, hoje somando 43, entre oncologistas clínicos, hematologistas e oncologistas pediátricos cooperados que foram substituídos por 4 médicos inicialmente contratados pela CLT, 2 oncologistas, um hematologista e um oncologista pediátrico como supervisor, hoje transformados, num passe de mágica, em cooperados;
Perde a cidade de Campinas, 4 substituindo 43, em verdade perderão todos os usuários da Unimed que terão câncer (o número de pessoas com diagnóstico de câncer duplicará nos próximos 20 anos segundo informações do IARC das Nações Unidas, divulgadas no início de junho de 2010). Estas não terão o direito de serem tratados pelo médico e no serviço que quiserem, serão atendidos somente pelos contratados no serviço próprio da Unimed;
Hoje os dirigentes da Unimed cantam vitória, estão orgulhosos por terem derrotado os oncologistas e estão conseguindo fechar algumas das clínicas que ao longo de quase trinta anos atenderam os usuários da Unimed. Contudo, se pensarem um pouco e usarem um pouco só de bom senso e projetarem o que já está acontecendo e que se acentuará nos próximos anos, com o aumento da concorrência entre as operadoras de saúde, com o foco centrado em Campinas, certamente perceberão que vão perder terreno em breve, é uma questão de esperar e aguardar, o tempo dirá;
Uma coisa é certa, hoje não existe a mínima consideração e ética, pessoal ou profissional por parte dos atuais dirigentes da Unimed, médicos que parecem desconhecer o Código de Ética da nossa profissão. Mas estejam certos de uma coisa, colegas dirigentes: Estão tirando dos oncologistas, hematologistas e oncologistas pediátricos o direito de exercer a especialidade, embora digam em suas publicações oficiais que todos continuam atendendo e prescrevendo quimioterapia, numa evidente tentativa de confundir colegas e pacientes.
Conhecimento é o que se agrega ao longo de uma vida profissional digna, séria, dedicada e que sempre respeitou os preceitos éticos básicos. Isso nunca conseguirão tirar da minha pessoa, com todo poderio econômico que vocês administram e que não lhes pertence embora tenham essa ilusão. Minha ética, dignidade e conhecimento continuarão comigo, apesar de vocês.
Vocês ganharam esta guerra, mas no final todos perderemos, incluindo vocês, a cooperativa, e principalmente a cidade de Campinas. Portanto recuso publicamente esse cumprimento eletrônico, impessoal e totalmente desprovido de significado enviado por vocês.
***Juvenal Antunes de Oliveira Filho, CREMESP 21661
- Médico oncologista clínico da Oncocamp
- Especialista em oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia / Associação Médica Brasileira 1979
- Especialista em oncologia médica pela European Society of Medical Oncology (ESMO) 2000
- Membro Titular Emérito da Sociedade Brasileira de Cancerologia
- Membro Titular American Society of Clinical Oncology ( ASCO) 1986
- Membro Titular European Society of Medical Oncology (ESMO) 1990
- Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica 1985-87
É triste e indigna a situação pela qual os oncologistas de Campinas estão passando, é lamentável que toda a dedicação, profissionalismo desses médicos,seja descartada de maneira tão banal. Os pacientes que já passaram por essas Clínicas são testemunhas do trabalho e o carinho que dedicam a todos que necessitam dos seus serviços, sem contar com o alto nível de competencia , profissionalismo e humanidade que caracterizam as Clínicas de Oncologia.Com certeza Campinas e sua população perdem profissionais e atendimento de alto nível.
ResponderExcluirConcordo plenamente, penso que a opinião pública desta cidade tem que começar a se manifestar, assim como a imprensa, até agora calada. Por que será, não? Alguém arrisca um palpite?
ResponderExcluirAcredito que essa situação merece sim bastante atenção. Os pacientes já encontram-se em situação delicada, precisam obter o melhor acompanhamento possível num momento como esse. Nada melhor do que um médico que já esteja acompanhando o tratamento como um todo.
ResponderExcluirEspero que todos os conveniados da Unimed
ResponderExcluirprocurem saber das alterações absurdas que foram feitas no setor de Oncologia na regiao de Campinas e vislumbrem a atitude do convênio daqui para frente em todas as outras áreas medicas. O paciente eh com certeza a menor das preocupações do Convenio. Triste demais.
ESTE PROBLEMA SOMENTE É ``APENAS`` MAIS UMA PROVA DO METODO DESONESTO DE GERENCIAMENTO QUE OS PLANOS DE SAUDE APLICAM NAS SUAS GESTOES!DESRESPEITO TOTAL AOS HONORARIOS MEDICOS E ABUSO DO USO DE UMA MAO DE OBRA ALTAMENTE QUALIFICADA ,SEM O DEVIDO RECONHECIMENTO FINANCEIRO E MORAL.LAMENTAVEL.
ResponderExcluirQUE SIRVA DE EXEMPLO E ESTIMULO PARA UNIAO DA CLASSE MEDICA CONTRA O RUMO QUE TOMA NOSSA PROFISSAO!
DR ALEXIS L P MASTRI CIRURGIAO TORACICO
Parece brincadeira essa história da Unimed Campinas, trocar 43 médicos especialistas com trabalho de confiança e de muitos anos nessa cidade, por outros 04 médicos. Depois que prepotência, ela achar que vai conseguir atender com a qualidade das clinicas de Oncologia da cidade a população de Campinas e região que precisa de tratamento oncológico nas suas 19 poltronas. Agora o pior é o desrespeito com esses doentes, seus conveniados que nessa hora já tão sofrida perdem o seu direito de escolha.
ResponderExcluirVamos divulgar isso para todos os nossos conhecidos, para que todos os conveniados da Unimed Campinas saibam desse problema, pois se hoje não temos câncer, não podemos ter certeza do amanhã e se precisarmos desse tratamento sofreremos na pele o que nossos parentes estão sofrendo agora.
Absurdo!!!!!!
O diretor presidente da Unimed Campinas disse no radio que os oncologistas conseguiam 800% de desconto em alguns medicamentos (como se isso fosse possivel), desafiando a lei da matemática e subestimando a inteligencia dos ouvintes.
ResponderExcluirFaltou perguntar na entrevista QUANTO a Unimed tirou da mensalidade dos pacientes e da produção dos medicos para construir esse local de atendimento desnecesssário, sem demanda reprimida que o justificasse, a toque de caixa, visando apenas estabelecer um caos no atendimento oncológico.
Nós sabemos quanto foi dificil construir nossas clinicas ao longo desses 20 anos. Nossas familias sabem do nosso sacrificio.
Eu me pergunto como um médico que escolhe uma especialidade tão delicada como essa se sujeita a tratar de pacientes descontentes, desconfiados e insatisfeitos. Como eles acham que terão sucesso na resposta da doença nessas condições emocionais ??
Acho que o Dr Juvenal foi muito feliz quando disse que nada pode tirar o conhecimento adquirido ao longo dos anos. Falta saber o quê temos que fazer para poder ususfruir desse conhecimento apoiados por um convenio que promete livre escolha.
ResponderExcluirMe preocupa saber que a UNIMED é uma cooperativa de médicos !! Que tipo de Cooperativa é essa?? que desprestigia médicos que colaboraram para sua grandeza?
Acho que temos que repensar nossos planos de saude antes que sejamos apanhados em ciladas como essa.
Só quem passa por este tipo de situação de saude sabe o valor que tem ter confiança e o carinho do seu médico, o qual podemos escolher. Confiança se adquire com tempo e capacidade do médico e não com simples atos administrativos.
ResponderExcluirO que a Unimed esta fazendo com seus segurados, é deixar de dar-lhes opção na hora que mais precisam. Estes burrocratas (com dois rr mesmo) só pensam no lucro e cobrar cada vez mais nas nossas parcelas, mas no momento de dar tranquilidade a quem realmente paga a conta, nem ligam. Nós que não somos segurados da Unimed porem ficamos solidários com os médicos de Campinas e a seus pacientes. Por isso devem enviar aos gestores desta empresa sua insatisfação e verificar em outras companhias este direito de escolha que são necessários nos momentos tão dificeis em nossas vidas.
É lamentável esta posição Unilateral da Unimed Campinas.
A prostituição legalizada pela indústria de similares mais o comportamento idêntico, anti-ético e irresponsável de profissionais recém saídos de suas escolas de residência médica, vendendo-se por um salário medíocre e esquecendo-se que no próximo ano outros se venderão por menos, a total indiferença à atitude já ocorrida de forma similar em São Paulo com a AMIL, Porto Seguro e outros explicam a situação. É que agora a água tá chegando perto aí em Campinas e região né? Não ví nenhuma preocupação similar aos fatos já ocorridos na Capital, nem tampouco qualquer preocupação de questionamento ético ao fato de o médico responsável pelo serviço da Porto Seguro (apenas como exemplo) rastrear e chamar os pacientes de colegas para tratarem-se no serviço próprio, coagindo-os e insinuando muitas vezes dúvidas quanto ao tratamento e/ou medicação utilizada.
ResponderExcluirUrge uma postura de embate frente aos convênios e cooperativas médicas. Temos que dar um basta em favor de nossa sobrevivência profissional, acertar de vez a questão dos honorários médicos e de serviços. Enquanto tivermos conversa de comadres a respeito do galinheiro do vizinho, a caravana passa...Temos que ter atitude pelo prisma da Oncologia como Empresa, como "Business", na mesma visão das empresas de medicina de grupo, sobreviver independentemente de sensibilização com a perda de pacientes, ou de agradar a uns e outros...Para eles, trocar de médico faz parte do jogo e logo se adaptam...é como se um de nós morre, lamentam e logo perguntam "e agora, quem vai substituir? ahhh fulano....então tá, mas a minha consulta continua agendada né?" é assim ...Acho que uma posição frente a CRM é imprescindível e um pressionamento idem. Chega de só pagar anuidades e pouco (entenda-se NADA) é feito em defesa dos honorários médicos e de serviços frente aos convênios e companhia! é isso!
André Varella Katz - São Paulo
Sou uma paciente da Unimed de 80 anos, com câncer e queria expressar aqui o estado em que fiquei quando soube do assunto de ter de mudar de clínica e de médico para fazer o meu tratamento de quimioterapia.
ResponderExcluirFiquei bastante nervosa, quase não dormia só ficava pensando na troca da clínica e de médicos que teria de fazer.
Meu médico é muito competente e os funcionários da clínica são atenciosos, dedicados com nós idosos e quando fiquei conhecendo-os, achei que logo estaria curada dessa horrível doença, pois confiei e confio muito nessa clínica. Depois que fiquei sabendo que a Unimed levaria todos os conveniados que estão fazendo quimioterapia para a clínica dela eu achei um absurdo, pois quando fiz o meu convênio eu teria toda liberdade de escolher no quadro da Unimed o médico e a clínica para me tratar de qualquer tipo de doença. Escolhi os melhores médicos tanto para me operar como para fazer radioterapia e quimioterapia e fiquei contentíssima desde o inicio do meu tratamento com a minha escolha, mas agora nessa etapa do tratamento, ter que me preocupar com mais esse problema me deixou nervosa, com insônia, desanimada, depressiva e até sem força para rezar direito. Eu queria poder escolher o médico, a clínica, o laboratório etc assim como escolhi o convênio Unimed dentre todos que existe.
Queria apenas perguntar se alguém se preocupou com os idosos que é a grande maioria que freqüenta essas clínicas, o que eles sentiram diante dessa medida tomada pela Unimed.
Acho no minimo estranho uma cooperativa de medicos agir contra os proprios colaboradores que fazem, sem a menor duvida, a grandeza de uma cooperativa. Se ha algo a ser regulado ou demanda e a cooperativa, eticamente, estivesse interessada em melhorar algo, poderia muito bem ter aberto clinica para competir e puxar o padrão para cima, sendo essa a questão. Descredenciamento sumário e criação de serviço proprio e no mínimo ma fé. Qualquer usuario ira perceber.
ResponderExcluirEncorajo os colegas de Campinas ficarem firmes, pois o caminho de volta e certo.
A Unimed Campinas, pela primeira vez na sua história, como mostra um edital publicado em jornal de Campinas no último sábado, abrirá processo seletivo para cooperativação de médicos no próximo mês de agosto, que possivelmente deverá convocar, além de oncologistas, hematologistas e oncologistas pediátricos, outros especialistas para concorrer com cooperados, que deverão passar pelo que estamos passando, no seu objetivo de trazer para seu comando e iniciar serviços próprios em várias especialidades, que considera de custo elevado. É esperar para ver.
ResponderExcluirFiquei chocada com a situação que a Unimed está impondo aos seus conveniados.
ResponderExcluirConcordo integralmente com o depoimento do Dr. Juvenal, que é um médico reconhecido nacionalmente por sua historia de trabalho sério e dedicado como oncologista.
Fico preocupada pelo fato de que muitas pessoas conveniadas, ainda não perceberam a gravidade dessa situação . Acho fundamental, que esta mensagem circule pelo maior número de pessoas para que possam tomar ciência do que está acontecendo na área oncológica e medidas sejam revistas, antes que a situação se torne caótica.
Infelizmente esta é mais uma confirmação da situação de desrespeito que vivemos em nosso país.Os usuários, ou melhor,pagantes, de um convenio médico, não são consultados e devem aceitar as mudanças que lhes são impostas.
ResponderExcluirOs pacientes são apenas o sustentáculo dos convenios.Que pena, que triste e principalmente ,QUE VERGONHA!!!!!!!!!
A Oncocamp possui 12 poltronas para quimioterapia e atende apenas 40 pacientes por dia. Assim mesmo o paciente fica até 4 horas na clínica. Todas as clínicas de Campinas juntas,devem atender 150 ou 200 pacientes/dia. Desse modo, fica claro, que a Unimed para centralizar o atendimento à quimioterapia precisará de um hospital inteiro e muitos e muitos médicos se quiser igualar-se ao tratamento que nos é dado pelas atuais clínicas de oncologia.
ResponderExcluirFinalmente: os médicos a serem contratados pela UNIMED Campinas estarão à altura dos excelentes profissionais que trabalham em clínicas como a ONCOCAMP?
Discordo do Sr. André. Digo por mim, para o paciente trocar de médico não faz parte do jogo e muito menos logo logo se adaptam. Vejo exatamente o contrário no tratamento do câncer da minha mãe. 40% da sua melhora, da sua força, vontade, esperança,disposição, enfrentamento da doença, garra, tranquilidade etc que ela apresentou até agora vem da confiança que ela adquiriu no seu médico. E não é qualquer médico que faz isso aos seus pacientes, portanto essa medida da UNIMED Campinas para os pacientes é desumana.
ResponderExcluirAgora se é legal estamos brigando para podermos ter direito a escolha do médico e clínica para fazermos os tratamentos é evidente que vocês médicos devem lutar por suas causas e necessidades, mas insisto que a escolha do médico pelo paciente é fundamental para a estabilidade e segurança do doente e de seus familiares durante o tratamento dessa triste doença.
O corajoso comentario da Sra . Dirce Mollo é bem a realidade do que está acontecendo, e o exemplo do descaso dos dirigentes da Unimed com os pacientes, frente ao diagnóstico de uma enfermidade grave, onde a confianca no médico é fundamental. Mostra bem a flagrante supressao do direito básico do paciente, que quando escolheu a Unimed como convenio imaginava que teria seus direitos assegurados.
ResponderExcluirE a pergunta final, se alguém se preocupou com os idosos deve ser levada aos dirigentes da Unimed, alguns incrivelmente esquecidos do que passaram com entes queridos bem próximos!
Acho que a Glaucia tem razão. Na verdade são duas situações: o desrespeito ao usuário que é enganado com propagandas e promessas, tem um livro de consulta onde constam médicos para livre escolha, é encaminhado pelo seu médico para outro profissional de sua confiança e no final é surpreendido por uma imposição que nunca constou do seu contrato nem foi motivo de consulta para ver se o usuário concordava, enfim...TOTAL DESRESPEITO.
ResponderExcluirPor outro lado tem o médico também tratado com leviandade, desconsiderando todo seu trabalho ao lado da cooperativa por mais de 25 anos, fomos atrelados até o ano passado pela lei do Cooperaqtivismo que impedia que atendessemos os convenios considerados não éticos, a medicina de grupo, e com isso alguns oncologistas onde me incluo, nunca aceitaram outros convenios. SEMPRE FIEIS A COOPERATIVA que se não fosse por profissionais sérios e competentes nunca teria chegado onde chegou em Campinas.
Imagino que em S Paulo uma cidade tão grande haja mais conflitos dessa ordem, entendo Dr Andre e compartilho da sua desilusão. E também se não fosse por colegas que aceitam essas situações, os convenios nunca conseguiriam seus objetivos sórdidos.
O Centro de quimioterapia da unimed campinas ficou montado por quase um ano sem funcionar porque nenhum oncologista se submeteu a essa situação de passar por cima dos outros colegas, ate que eles conseguiram médicos jovens recem saidos da residencia e NÃO COOPERADOS. Foram cooperativados, num passe de mágica recentemente.
E como disse o Juvenal acima, até chamada em jornal está sendo necessário para cobrir falta de medicos. Somos pouco mais ou menos de 3.000 cooperados. Será que está falatando mesmo médicos ???
Prezados,
ResponderExcluirDefinitivamente há um contra-senso na centralização do tratamento da quimioterapia em uma cidade com status de capital. Não há como negar que a demanda dos pacientes oncológicos, usuários do maior convênio da cidade, não será suprida em apenas um local de tratamento. Certamente, teremos uma queda na qualidade do atendimento prestado, a despeito do melhor medicamento comprado para ser utilizado. Até recentemente, os usuários da Unimed Campinas tinham a convicção de que, quando fosse necessário, receberiam o melhor atendimento da cidade, pois teriam à disposição profissionais renomados e uma rede credenciada reconhecidamente preparada para atendê-los. O que está acontecendo com nossa especialidade, muito provavelmente, é só o começo de uma nova filosofia que pode levar à derrocada o posto do melhor convênio local, lamentavelmente.
Espero que este espaço sirva para debatermos esse relevante assunto e que, assim, estimulando o diálogo com todas as partes envolvidas, possamos encontrar uma solução para o problema.
Já nos fora tirado o direito de livre de escolha, espero que não nos tirem a liberdade de expressão.
Abraços.
Otavio Martucci,
médico oncologista.
UM ABSURDO SEM TAMANHO!!
ResponderExcluirIsto é um absurdo total!!!!
ResponderExcluirQuem já vivenciou a experiência consigo mesmo ou com algum ente querido, sabe a dor que esta doença causa. É neste momento que o cuidado e o carinho do profissional com o paciente e com seus familiares fazem a diferença. Minha família passou por isto e pode ser atendida por uma profissional que cuidou da saúde física e emocional de todos nós e somos gratos a ela para sempre. Além disto,imagine ter que entrar no PROCON para garantir sequência de atendimento! Neste momento, quem é que tem energia sobrando para brigar por algo que deveria ser preservado naturalmente ????
O que percebo é um mercantilismo desenfreado por parte desta cooperativa, que pretensamente alega cuidar da saúde. A proposta é um verdadeiro "Perde x Perde "... de um lado pacientes de outro profissionais qualificados. E se estes dois lados que constituem, em tese, a essência desta relação estão perdendo, quem mesmo é que ganha com isto????
Lamentável!!!!!!!!!!!!!
Quem viu os jornais ontem, deve ter lido uma nota comentando que o PROCON acionou a UNIMED Campinas por ajuste abusivo dos planos de saude, e ganhou em primeira instancia.
ResponderExcluirSe esta cobrando mais caro, não deveria retroceder no que oferece. Obriga os pacientes a se tratarem num serviço proprio, e cobram atendimento personalizado??
Onde ficou a livre escolha dos pacientes tão alardeada na hora de vender e de cobrar o plano de saude??
Alice Garcia
Isso é um completo ABSURDO! Tenho provas mais que suficientes de que não apenas a Unimed Campinas, mas também a Unimed Amparo, está pouco se importando com seus cooperados e com os pacientes que necessitam dos serviços. Soube, ainda, que existe um senhor chamado Otávio Augusto da Câmara Clark, que se diz um "cientista" na área de fármacos, que faz parte da auditoria de ambas as Unimeds e que está barrando todos os medicamentos prescritos pelos especialistas, apenas para diminuir os custos da cooperativa.
ResponderExcluirE gostaria de uma resposta acerca disso: quem é esse senhor, entre outros, que se "acham" onipotentes e que barram tratamentos com base em papéis, passando por cima da lei vigente que diz que todo e qualquer parecer médico deve ser mantido, pois ele é o responsável pelo paciente? Será que esses senhores conseguem colocar a cabeça em um travesseiro e dormir à noite, enquanto muitos sofrem pelo diagnóstico recebido e pela falta de respeito e descaso desses supostos auditores? Não sou paciente da Oncocamp, mas já passei por isso e graças a Deus, minha Unimed, que é da FESP, nunca barrou qualquer parecer médico.
Senhores auditores, e se isso acontecesse com os senhores? Ou com algum de seus familiares? Os medicamentos e as clínicas também seriam barradas?
Vania
ResponderExcluirMuito pertinente seu comentário.
Infelizmente há profissionais que se prestam para esse tipo de trabalho. Imagine estudar tanto por tanto tempo, fazer um juramento na formatura e depois, ficar atrapalhando quem esta tentando fazer um trabalho decente e honesto. Cansativo isso.
E preciso que mais pessoas indignadas como voce, se manifestem para que possamos mudar esse cenário. É um trabalho de formiga, mas alguem tem que começar.
Alice Garcia - oncologista.
A UNIMED ESTÁ DE PALHAÇADA E PERDEU O RESPEITO COM OS MÉDICOS E CLIENTES.
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